os 3 cavaleiros
Numa terra muito, muito próxima, onde o sol brilha com a intensidade das controvérsias políticas e as ondas do mar batem ao ritmo das promessas eleitorais, existe um reino conhecido como Portugal. Neste reino, um cavaleiro valente, ou melhor, um político audacioso chamado André Ventura, líder do grandioso partido Chega, apresenta-se como o salvador.
Ele vai-nos trazer os 3 cavaleiros da salvacao. As gentes gritam eufóricas.
O Primeiro Cavaleiro: Saúde
Com uma varinha mágica, Ventura propõe transformar os hospitais em fortalezas de eficiência, onde as filas de espera se evaporam mais rápido do que álcool nas mãos. Imagine um sistema de saúde onde ao espirrar, um médico aparece ao seu lado, pronto para lhe oferecer um lenço e … uma consulta. Uma utopia onde médicos e pacientes se encontram com a facilidade de um match no Tinder … sem deslizes para a esquerda.
O Segundo Cavaleiro: Educação
No reino da Educação, Ventura promete uma revolução digna de contos de fadas. Com sua espada afiada, cortará as correntes da ignorância, transformando cada escola num palácio de sabedoria. Ventura apresenta um plano de ensino tão inovador que faria Einstein pedir explicações. Cada estudante aprenderia tudo instantaneamente, num download direto para o cérebro, estilo Matrix.
Na educação, onde os problemas são tão antigos quanto os paralelepípedos que pavimentam o caminho para as escolas, Ventura enfrenta Mário Nogueira com uma valentia digna de nota. Imagine só, um reino onde Mário Nogueira, mais conhecido por sua habilidade em comandar exércitos de insatisfeitos do que por ministrar lições de física ou matemática, se torna um pioneiro do diálogo construtivo. Ventura, em sua saga, promete transformar os campos de batalha de greves, regados a descontentamento e faixas, em férteis terras de inovação e entendimento mútuo.
*O Terceiro Cavaleiro: Justiça
Ah, a Justiça em Portugal! Um reino onde as engrenagens da lei giram com a agilidade de uma tartaruga em uma maratona de lama. Ventura, em seu audacioso plano, promete lubrificar estas engrenagens. Imagine tribunais tão ágeis que as decisões seriam entregues com a prontidão de um clique com juízes distribuindo sentenças como se fossem likes em redes sociais, garantindo que o crime realmente não compense - ao menos no tempo de processamento. Neste cenário idealizado, os infratores pensariam duas vezes, temendo um sistema tão eficiente que sua sentença poderia chegar antes mesmo da tinta da acusação secar.
Neste reino satírico e hiperbólico, onde as propostas de Ventura brilham com o esplendor de soluções instantâneas, os cidadãos vivem num eterno estado de felicidade, admirando as transformações que parecem ter saído diretamente de um livro de histórias. Mas cuidado, caro leitor, pois mesmo na mais brilhante das fantasias, a realidade do amanhecer traz consigo a complexidade dos desafios a serem verdadeiramente enfrentados.
E assim, entre risos e sonhos de um futuro utópico, o reino de Portugal navega nas águas turbulentas da política, sempre à espera de um verdadeiro milagre que transforme estas promessas audaciosas em realidade credível. E assim vamos esperando.
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